Manhã cedo estava a caminho de campos verdes floridos e perfumados para um trail. Não foi de inscrição mas foi de convite, o que por um lado é bom mas por outro cria-me sempre aquela insegurança do confronto entre aquilo que são as expectativas de treino do outro e a minha capacidade de resposta. A possibilidade de fazer trilhos e experimentar caminhos novos esbateu os receios e lá fui eu... pelo menos uma vez, à segunda só cai quem quer (ou não).
É mais do mesmo mas daquele mesmo que nos vicia a regressar, daquele que nos faz correr por gosto, como se fosse a primeira vez. Não havia fitas a marcar o percurso, por isso segui ainda mais descontraída nunca perdendo de vista quem sabia e que acabou por não se afastar muito, ou nada. A certa altura numa estrada de terra batida seguíamos lado a lado, cada um no carreiro traçado pelos rodados dos veículos. Às tantas pareceu-me que a faixa do meu amigo tinha menos pedras e pensei em passar para trás dele mas simultaneamente apercebi-me da metáfora, desta nossa mania em pensar que o caminho do outro tem sempre menos pedras que o nosso... e continuei do meu lado.
Sendo que o percurso era sempre junto de uma linha de água, não raras vezes tinha o prazer de escutar aquele som da água a passar pelas pequenas cascatas, ou então atravessar até à outra margem via ponte, ou via passadiço de pedra, como um onde aproximação nada fazia prever sobre oásis que ali se encontrava. Não fui lá molhar o pezinho, ao contrário de quem comigo corria, que foi lá molhar os dois. Enquanto isso eu absorvi daquele cantinho a expressão da tal magia sem ilusões, ali estava eu num sitio muito parecido a um outro que tinha desejado conhecer. Não deu para sentar-me nas pedras, sob a sombra da copa da árvore, a desfrutar de um silêncio assim mas segui satisfeita porque vi e porque sim.
O sobe e desce do relevo foi tranquilo, o calor é que começou a travar-me as forças e o animo mas seguimos até ser dado por terminado o treino, para mim foi antes uma distração com 20km bem passados de uma paisagem que me faz bem, na boa companhia de quem não se importou de a partilhar comigo.
Sendo que o percurso era sempre junto de uma linha de água, não raras vezes tinha o prazer de escutar aquele som da água a passar pelas pequenas cascatas, ou então atravessar até à outra margem via ponte, ou via passadiço de pedra, como um onde aproximação nada fazia prever sobre oásis que ali se encontrava. Não fui lá molhar o pezinho, ao contrário de quem comigo corria, que foi lá molhar os dois. Enquanto isso eu absorvi daquele cantinho a expressão da tal magia sem ilusões, ali estava eu num sitio muito parecido a um outro que tinha desejado conhecer. Não deu para sentar-me nas pedras, sob a sombra da copa da árvore, a desfrutar de um silêncio assim mas segui satisfeita porque vi e porque sim.
O sobe e desce do relevo foi tranquilo, o calor é que começou a travar-me as forças e o animo mas seguimos até ser dado por terminado o treino, para mim foi antes uma distração com 20km bem passados de uma paisagem que me faz bem, na boa companhia de quem não se importou de a partilhar comigo.
Sem comentários:
Enviar um comentário