quinta-feira, 31 de julho de 2014





quando chega o calor, custa mais beber chá quente, mesmo assim, de vez em quando sabe-me bem.
chá solúvel de romã quentinho!!


terça-feira, 29 de julho de 2014





parte de um desenho de 2007, na altura comprei duas harmónicas. Uma para mim, que adoro o som e sou capaz de ficar para ali a inventar melodias que não se parecem com nada, assegurando-me que ninguém está a escutar. A outra, comprei para oferecer. Não tinha ninguém em mente, apenas achei que um dia havia de gostar de oferecer uma harmónica...


domingo, 27 de julho de 2014




gosto de pormenores. a sua perceptibilidade depende do que estamos capazes de ver e de sentir. dos que trago comigo, mesmo que escondidos, gosto da subtil determinação com que às vezes me definem...



sábado, 26 de julho de 2014



sábado de manhã...



farinha predilecta "é para a avó, e para a neta e também p'ró o atleta"... (21km depois...)
ir buscar uns frescos que o pai tinha para mim
e depois consultoria de imagem à avó Maria no new look para um casamento de que estava convidada, almoçou de bata mas depois ficou-do-mais-rico-e-belo


com este sorriso ninguém diria que os sapatos estavam a magoar-lhe os pés...


sexta-feira, 25 de julho de 2014




ir à retrosaria pelo caminho mais curto...
pode ser, quiçá, ir mais longe na imaginação...



quarta-feira, 23 de julho de 2014


no Louzan Trail 2014

"(...) Este 3º lugar na Badwater fez-me mais forte e mostrou-me que os limites por vezes estão dentro da nossa cabeça, embora ache que não devemos pôr a nossa saúde em risco a todo o custo.(...)", palavras de Carlos Sá depois de ter feito 218 km. Isto serve para todas as provas, para uma Badwater, para uma Volta à França em Bicicleta, para uma Maratona, entre outras, cada um na sua dimensão.
Parabéns e força a todos...





depois de levar avó à sua cabeleira regressamos para um lanche ajantarado. Entretanto toca o telefone e oiço a avó responder "... queres? ah está bem eu vou!". Depois disto estranhei o silêncio e lá fui à procura dela para perceber porque não tinha regressado e eis que a encontro sentada no parapeito da janela à conversa com a prima Olímpia. Sempre que a prima quer falar com a minha avó através do quintal liga-lhe primeiro para ela ir até à janela. Deixei-as a conversar enquanto retratava o momento e depois de terminarem a avó fecha a janela e diz "Olha aqui o que a prima O. veio trazer!"
três fatias de pão de ló, ainda quentinho, num cestinho (com os guardanapos de papel absorvente recortado às ondinhas!!)
"Vá, vamos comer!!"



uma das fatias veio para o meu pequeno almoço :)
aaaiiii quando eu for velhinha quero uma vizinha assim!!!


terça-feira, 22 de julho de 2014




sumo de melancia e gengibre
com aveia para lhe dar uma consistência de batido, pois foi a opção para o pequeno almoço


segunda-feira, 21 de julho de 2014



"Costumavam dizer, Caiu, quando na verdade me tinha deixado cair de propósito, para puder largar as muletas e ficar com as mãos livres para tratar convenientemente de mim. (...) O mais simples é largar as muletas e deixar-se cair. Era o que eu fazia. Portanto eles tinham razão ao dizerem que eu tinha caído, não se enganavam muito. Por vezes também caí sem querer, mas não foram muitas, não foram muitas, uma raposa velha como eu, imaginem só, não cai muitas vezes sem querer, deixa-se cair a tempo." 
in "O Inominável" de Samuel Beckett


sobre aquela lucidez extra que às vezes é melhor providenciar...


domingo, 20 de julho de 2014





hoje choveu o que havia para chover de madrugada e não tivemos que desmarcar nada... só tive de fazer o que mais me custa ao domingo, trocar a bicicleta pela corrida... vou ter de arranjar uma solução para estes treinos, porque é disto que se tratam, de treinos, que têm um objectivo que virá a seu tempo. fomos só duas, pouca conversa, que eu necessito de fôlego para a motivação... 
e gratidão porque há mais uma alma entre outras que se propõe a esta insanidade comigo... entretanto está oficialmente aberta a época da melancia cá em casa... logo eu que não era nada apreciadora, amanhã já vou matar saudades do sumo de melancia com gengibre.

(15km)


sábado, 19 de julho de 2014





às 7h50 desmarcávamos o treino pois por aqui chovia a cântaros, mas entretanto e pelo-sim-pelo-não eu já tinha tomado o pequeno almoço reforçado... energia a mais para ficar por casa... às 9h00 aperaltei-me e como já tinha parado de chover há meia-hora, saí sem saber para onde ia, só sabia que ia correr. Fui conduzida pelo vento e pelo instinto e afastei-me o suficiente para estranhar a confiança com que estava, sabendo que tinha de regressar a casa pelas minhas perninhas e de preferência sem caminhar. Não choveu mas estava fresquinho e um ventinho bom para ajudar nas subidas... ahhhhh... o que eu gosto destes dias...

Uma das minhas musicas favoritas e o melhor videoclip de sempre...

(13km)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

terça-feira, 15 de julho de 2014



uma pessoa lá porque sai de casa para fazer séries, não precisa de ir de qualquer maneira.
(alguma coisa que me dê alento!)






no trail das zagaias que descrevi aqui tem na foto um copo de água e não foi por acaso . Depois do almoço convívio, eu, que tinha ido de boleia com um amigo que tem as suas origens naquela terra fiz um passeio privilegiado por entre mais umas serras (de carro!) para irmos até ao parque de merendas da localidade de Castelo e assim encher umas garrafas de água numa fonte de água natural que por lá passa. Com uma envolvente paisagística bonita o parque encontra-se a ser requalificado para que se usufrua dele com mais comodidades. Que bem soube aquela água fresca a sair directamente da montanha. De Mação trago ainda a recordação das árvores da vila que estão todas cobertas de coloridos pedaços de lã trabalhados em tricot ou crochet.





há um ano que 90% dos meus pequenos almoços são batidos. Desta vez para variar misturei metade de uma beterraba. Gosto muito de beterraba nas saladas, nos batidos nem por isso...mas nem sempre, nem nunca!!


segunda-feira, 14 de julho de 2014



vamos lá tentar começar por uma ponta...

Filiação da avó Maria:



Pai: 
José Alexandre Carvalho

Mãe: 
Maria do Rosário  Domingos (a avó "Velhinha")

Filhos:
Maria da Luz Domingos Alexandre (avó Maria)
José Domingos Alexandre ("ti Zé")
Esperança Domingos Alexandre ("ti Esperança")
João Domingos Alexandre ("tio João")
António Domingos Alexandre ("ti António")
Manuel Domingos Alexandre ("ti Manel")


sábado, 12 de julho de 2014



apeteceu-me partilhar este video que descobri há uns meses, acho que ainda não falei dele aqui. Vale a pena ver por muitas razões e conhecer a inspiradora D. Maria Amélia Fernandes...


from Luís Cardoso


Bom fim-de-semana!!



sábado de manhã...


a evolução...

(8h15: corrida longa da semana T-A-A-T 18km 1h45'41'') 


sexta-feira, 11 de julho de 2014



ai chega chega, chega chega, a minha agulhaaa,
afasta afasta, afasta afasta o meu dedal...














se à Beatriz Costa não lhe correu bem o aventaallll (ver aqui)
cá eu não me posso queixar do que fiz mesmo sem dedal... ;)


terça-feira, 8 de julho de 2014




sobras de frango assado em cama e rúcula...




8/07/2014
do lado direito do teclado tenho uma folha de papel com um plano de "treinos" para aquele que há de ser o próximo grande desafio...

segunda-feira, 7 de julho de 2014



eu não tirei fotografias mas houve quem tirasse... :)
Trail das Zagaias


domingo, 6 de julho de 2014



tenho falado muito das minhas corridas por aqui, mais do alguma vez imaginei vir a fazer. Com a descrição das provas espero registar e perpetuar no tempo memórias do que vi e vivi. não pretendo exibir feitos, mas se servir de incentivo a quem por aqui me lê, seria bom. Pessoas que me conhecem pessoalmente não me imaginam nestas aventuras, no entanto sinto-me muito bem a experienciá-las. Olho para o meu percurso e entendo o que me move e o que me entusiasma nestas andanças. Não há idade para isto e quando por lá ando muita da minha admiração vai para as pessoas mais velhas com quem me cruzo e às quais lhe pulsa esta energia na atitude. Na corrida das fogueiras fui todo o caminho com uma senhora à minha frente, era mais baixa e tinha ar de ter uns 50's e tal. Custou-me tê-la ultrapassado perto do final, afinal tinha feito 14 km à minha frente. Descobri mais tarde que tem 64 anos. Não é extraordinário? Quando for mais grande também quero ser assim. Quando ando pelos trilhos sozinha, às vezes peço a Deus que eu conserve sempre esta energia que me tem acompanhado e à qual cada vez vou dando mais ouvidos e me permito a ser feliz nestes acessos de "loucura" contra as expectativas dos outros... às vezes pergunto-me se serei normal por gostar tanto de limonada e se não teria outra solução para os limões que me vão caindo no quintal?...







estou a sorrir. 
A meio da semana, estando indecisa, vi-me de repente direccionada para fazer algo diferente e para o qual não sentia qualquer apelo, ia fazê-lo porque sim, porque me sugeriram outra opção. Dormi mal sobre o assunto e no outro dia decidi-me a fazer o que me apetecia, ou então não faria nada, mas nada de contraria-me. Depois pedi que no domingo fizesse mau tempo, porque só assim faria aquilo que me apetecia e a meteorologia parecia estar a meu favor.
Hoje, domingo, o relógio despertou às 6h00, respirei fundo, levantei-me, equipei-me e fui buscar o tapa-vento... "tomara que eu precise dele". Peguei na mochila e fui esperar aquele amigo que me desafia para os trails. Este foi numa localidade pela qual sentia curiosidade, Mação. Fui conduzida até lá, onde já se encontravam outros amigos e foi confraternizar até ao sinal de partida. Depois da contagem decrescente estaria de volta dali a 27 km. 
Partimos já sob chuva-molha-parvos-e-outros e eu feliz porque não queria fazer o trail debaixo de calor. O tapa-vento estava puxado até ao pescoço mas depressa o calor que sentia dentro dele me fez tirá-lo. A chuva continuava. Tinha levado chapéu para proteger-me do sol, mas descobri que é igualmente eficiente a proteger-me da chuva. Os óculos não se molharam tanto nem embaciaram, só me tira um pouco de visão periférica, tão necessária para avistar de  forma intuitiva as fitas sinalizadoras do caminho, evitando perder-me. Até ao km 10 tive a companhia de um colega de equipa estreante nestas andanças e logo "atrapalhado" com tudo o que era novidade e com a quantidade de apetrechos com que se armadilhou... depois disparou e fiquei por minha conta. 
Sem ninguém a quem dar conselhos segui com os meus pensamentos assentes na vida e ali naquele momento. segui com os meus pensamentos assentes na vida e ali naquele momento. Naquelas serras que me cercavam, no cheiro dos eucaliptos, dos pinheiros e de outra vegetação diversa, no cantar dos pássaros, no estradão que percorria e circunscrevia as serras, na chuva que me refrescava, no vento que corria a uma temperatura confortável deixando-me apreciar tudo. Como não podia deixar de ser uma pena imensa de não ter a máquina fotográfica para registar aquela parte do percurso que tendo muita vegetação seca no caminho, o orvalho acumulado lhe dava um efeito de algodão doce dando a sensação que corria por entre uma penumbra. Segui, segui e eis que desço até a uma ribeira, Ilha da Fadagosa e as fitas indicavam que devíamos percorrer uns metros da mesma. Com água acima dos joelhos lá me fui equilibrando e desequilibrando sobre os seixos escorregadios, tive quase quase para ir a banhos mas escapei-me. Depois foram duas travessias sobre a ribeira por pontes improvisadas de troncos e cordas e enquanto as passava só pedia que os pés não escorregassem e não me desse nenhuma vertigem... passei a primeira e a segunda e depois foi andar ao longo da margem da ribeira. Aqui um cenário cinematográfico sem palavras para descrever o privilégio que foi passar por ali, e o ridículo que é não parar para contemplar. Que linda toda aquela atmosfera, o som da ribeira, a ribeira em si, a vegetação densa que tinha de afastar com as mãos e baixar-me para puder passar. Atravessar novamente a ribeira sobre o local onde faz cascata. Houve um momento em imaginei que podia aparecer por ali o Frodo Baggins do senhor dos anéis ou um qualquer mago do bem para me cumprimentar. Lindo!! Foi o que verbalizei de forma audível face à última travessia sobre um espelho de água, parei para olhar à volta... ali sozinha sem ninguém para concordar comigo ou garantir-me de que não se tratava de um sonho retomei rumo ao estradão
Ao passar pelo ultimo ponto de controlo, julguei ter escutado que dali para a frente era sempre pela estrada e a seguir as fitas... sempre pela estrada de alcatrão a subir. Ia a subir refletindo sobre uma curva que estava um pouco mais adiante. Qualquer coisa do tipo... "a estrada assim molhada parece manteiga... um carro que apareça ali se vier mais rápido e me veja aqui pode não ter tempo de se desviar convenientemente..." e eis que aparece um carro na curva e trava, foge-lhe a frente para a via contrária e a traseira atravessa-se na sua via... vi que ia dar um pião e sair disparado sabe Deus para onde... (isto com o som das rodas travar/deslizar na estrada)... "...tenho que fugir daqui... mas para onde?!" ... atirei-me direito à berna esquerda, atravessei a respectiva valeta, que era grande, e subi por ali acima mais uns metros para trás de um eucalipto. Voltei-me para trás para ver o que mais estava a acontecer... e vi-o quase a fazer o pião, quando carro recomeça a deslizar no sentido contrário. Mais um "S" e ele conseguiu controlá-lo seguindo em frente... Olhei-o com o coração a mil, nem se voltou para ver se eu estava bem e seguiu... eu fiquei parva com o que acabara de viver e quis chegar o mais rápido à meta. Mas os últimos 3 km foram atribulados. Depois disto deixei de ver fitas, voltei para trás e vi que havia fitas num desvio em que tinha de andar para trás tendo este uma placa que avisava para a proximidade da estrada, logo achei que já tinha passado por ali no sentido inverso, e voltei para estrada principal. Não via ninguém, segui, parei, andei para trás e para a frente. Quando volta  passar outro carro, fiz sinal para que parasse, perguntei se a estrada seguia para Mação e o condutor confirmou que sim... continuo... ok, também podia ter perguntado quantos quilómetros eram até lá, podiam ser 2 km como podiam ser mais... bem sabia eu... passa outro carro pertencente à prova que me disse que estava enganada mas que podia seguir por ali, pois a distância era mais ou menos a mesma, entretanto tive de voltar a pedir ajuda para ir ter ao local da prova, onde atravessei a meta recebida em festa pelos amigos... mas ainda estava um pouco azamboada com os últimos acontecimentos.
Fui tomar banho e regressei ao local prova para o almoço no recinto de uma feira que estava a decorrer e mal entro no "restaurante" de ar livre, estava a ser anunciada a classificação das mulheres e eis que sou chamada por ter ficado em terceiro lugar eeeeehhh (sendo que eramos  só 3 raparigas, não faz mal). Por este meu feito ganhei 2 chouriços de produção tradicional, hummm que pitéu!! ah ah ah! Sentei-me à mesa para almoçar e como já seria de esperar foi só rir com os meus amigos que dizem muitos disparates quando estão juntos. O almoço foi excelente e bem servido a rematar com melancia (já tinha saudades) e arroz doce. Este dia não fica por aqui mas por agora é tudo... 
Tirando os percalços finais, adorei este trail, com este tempo fez-se que foi uma maravilha, sem nunca sentir a fadiga do calor foi muito bom!!


a caminho desta prova convívio pensava em como, comparativamente com outra que podia ter optado por fazer à mesma hora, não muito longe dali, com características geográficas e distância semelhantes, numa via os gigantes de D. Quixote e na outra (esta) via os moinhos. Estou a sorrir e a sentir-me feliz com a minha opção... e em como acabei por passar muito perto de um velho moinho...

Trail das Zagaias
27 km
3h20


sábado, 5 de julho de 2014



sábado de manhã...

a palavra ou o conceito de "merecer" é motivo frequente de reflexão. Tornou a sê-lo depois de ter lido alguém lamentar-se em torno dele. Se na vida as coisas se conquistassem por merecimento, com certeza já teríamos alcançado muitos objectivos e outras situações jamais nos teriam sucedido. Se imagino que a vida, a cada momento, é uma longa equação para a qual contribuem diversos factores, para mim "o merecer" já deixou vai deixando de ser uma das incógnitas.

ainda caio na tentação de vislumbrar as coisas por esse prisma, mas não fazê-lo é libertador





sexta-feira, 4 de julho de 2014





a meio da rua principal da vila de Óbidos, encontrei este espaço, o alfarrabista. Faz parte do projecto Espaço Ó. Fiquei de queixo caído quando entrei mas a minha vontade era deixar ficar por ali o corpo e alma a ler cada titulo de cada livro e certificar-me da quantidade de preciosidades que por ali estão dispersas. Que espaço tranquilizador, era capaz de morar ali. Sim, e sobreviveria, pois lá ao fundo está um pequeno mercado de frutas e hortaliças biológicas. Durante o tempo que por ali deambulei, saltou-me à vista um livro, que não mais pude largar. Quando fui perguntar o preço, o alfarrabista informou-me logo que aquele livro não deveria ter sido exposto por estar em mau estado de conservação e que deveria ter ido para um caixote à parte. Foram escassas as palavras que trocamos seguidamente e eis que o oiço dizer-me. "O que eu posso fazer é oferecer-lhe o livro" ...



mesmo que lhe faltem páginas, não me impedirá de viajar...




quinta-feira, 3 de julho de 2014



escutar aqui

cheguei a Óbidos pouco depois da hora do almoço. Os almoços de um domingo soalheiro caracterizam-se por ser mais prolongados, de movimentos lentos, talheres que descansam compassadamente entre conversas. Eu não me sentei à mesa porque petisquei no carro do que ainda havia dentro da lancheira térmica mas fi-lo igualmente sem pressas. Em passeio também gosto de caminhar e comer ao mesmo tempo, pelo que deixei um espacinho no estômago que veio a ser ocupado, por parte de uma broa de mel com fruta cristalizada que adquiri antes de entrar na vila. Fui degustando em pedacitos entre fotografias e as visitas às lojinhas que se sucedem ao longo da rua que segue até ao castelo. A essa hora a rua estava praticamente deserta e no meu regresso já os turistas a inundavam.


quarta-feira, 2 de julho de 2014




no inicio da tarde de domingo, depois de desarmar pacientemente a tenda e arrumar toda a parafernália associada, apanhei parcialmente o cabelo que estava em modo rastafari com tanto vento que tinha apanhado junto à costa. Liguei o rádio do carro e cantei três musicas que passaram enquanto ia a caminho de Óbidos. Passaram mais, a mim é que me veio à cabeça aquela frase de que não devemos voltar ao lugar onde já fomos felizes... 
"é assim... é a vida... o que é que queres fazer? Ir já para casa?!" olhei para dentro... pensei em tudo e no fundo em nada... "Não..., eu vou.". 
Fico impaciente sempre que faço algo que sei que a minha mãe também gostava, há um desconforto que não me permite vivê-lo em pleno. Há um peso, que não é meu mas que sinto, deve ser normal, não tenho outro remédio que não seja acreditar nisso e seguir.
Porque ainda consigo acreditar nisso e tenho quase a certeza que para uma mãe, como a que nos deixou a pensar um pouco esta semana mas que à semelhança de tantas outras anônimas (pais e mães) terão, em tais circunstâncias na vida, mais dificuldade em acreditar no quer que seja, em retomar, voltar, fazer a vida normal, porque aquilo que se impõe como normal é desumanamente incomodo...


terça-feira, 1 de julho de 2014



só hoje é que me apercebi de que bati o meu record pessoal dos 10 km na corrida das fogueiras.É provável que já o tenha feito por menos tempo nos dias anteriores, mas como nunca controlo tempo nem distâncias exatas, não posso afirmá-lo com certeza. Não é muito relevante, mais uma vez hoje, tive a prova de que o que gosto mesmo é de correr livre destes "capatazes" dos treinos. Saí supostamente para treinarrrr acompanhada e cheguei a casa com uma neura que só passou duas horas depois quando voltei a sair para ir correrrrrr. Além do treino ter que respeitar os objectivos, estava calor e eu não suporto correr com o sol a bater-me e aquecer-me, parece que vou desfalecer a qualquer momento, eu sou uma night runner pura e dura. Ninguém me compreende, menos ainda aqueles que gostam de correr nas piores horas de calor... eu não faço ideia como conseguem.
A neura, essa foi-se assim que botei o pé na estrada já a anoitecer com o vento fresco a passar por mim... aquilo sim é qualidade de vida a correr, dei uma volta mais petiz mas mais feliz!!





o dia depois da corrida...
sol e muito vento a atenuar o calor que estava. 
mais uma volta por Peniche... é bom ir conhecendo os cantos à casa.