segunda-feira, 16 de abril de 2007

Dia - Danças?

Noite - Danço, mas não digas nada a ninguém. É um segredo que guardo no corpo. Escuto meus movimentos embalados no som que liberto, desenhando no espaço, um gesto. Gestos que derramam vida deste corpo, que à semelhança de tantos outros vivem rendidos a músculos paralisados na "vontade de". Corpo cansado que sucumbe aos encantos do sofá no final de tarde, ou a uma cama que assinala o ponto final de mais um dia. Conceder-nos-ei uma dança à luz da lua, reveladora dos traços da alma...

Dia - … e eu, uma à luz do sol, onde até as nossas sombras ficarão a descoberto… e ao som de que música?

Noite - A nossa… no bater dos corações teremos o ritmo compassado na vontade de nos deixarmos guiar...

Dia - Os nossos segredos guardados revelar-se-ão na liberdade de escutar o movimento que nos conduzirá num só gesto, nessa dança sincronizada do eterno retorno do dia... e da noite...

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