foto do g.
Vamos por partes...
Saíamos com o nevoeiro nesse abraço intenso à Serra da
Estrela e chegámos ao Cristo da Lapa dos Dinheiros com o céu a descoberto,
assim querendo nós abraçar também a sorte de estarmos perante uma vista assim. Seguimos
depois para uma das versões do trilho dos Cornos do Diabo.
Quando partilhava as minhas corridas de trail umas das minhas grandes queixas era a falta de tempo para contemplar e a falta da máquina para registar. É com essa sede que entro nos caminhos, acostumei-me com pouco, agora com a abundância de tempo, não gosto de desperdiçar nada. Valorizo e poupo o que tenho diante dos olhos. Assim como na vida.
Quando partilhava as minhas corridas de trail umas das minhas grandes queixas era a falta de tempo para contemplar e a falta da máquina para registar. É com essa sede que entro nos caminhos, acostumei-me com pouco, agora com a abundância de tempo, não gosto de desperdiçar nada. Valorizo e poupo o que tenho diante dos olhos. Assim como na vida.
Tal como no trail nas descidas travo bastante e no desvio ao Sumo da Ribeira da Caniça travei até não descer mais mas o
G. encontrou outro sitio por perto para que eu pudesse ver esse sumiço da ribeira por
entre as rochas gigantes. A ribeira some-se por ali de forma sonora e volta a
aparecer mais adiante novamente fazendo-nos companhia com esse som da água corrente,
fresca e límpida, que tanto nos cativa. Retomando o caminho chegamos aos “Cornos
do Diabo”. Pude satisfazer a minha curiosidade relativamente àquele local. Perceber
a perspectiva daquela formação natural com um par de rochas pontiagudas a
lembrar-me mais os toiros da lezíria. Daqui seguimos junto à levada que
circunscreve a serra onde a água passava abundante. O G. atirou uma pinha para
a levada e eu dividi-me entre a contemplação da paisagem e a observação do
percurso da mesma, divagando na hidrodinâmica que a levava sempre perto de nós.
A acerta altura foi com uma pena não verbalizada que a vi seguir adiante
enquanto nós descemos rumo a mais trilhos por entre vegetação mais densa e ao
encontro de mais cascatas e da praia fluvial da Caniça.
Deste trilho há paisagens várias que me encheram os pulmões
de um ar que ainda agora expiro dele.
29/12/2015
foto do g.
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