domingo, 17 de junho de 2007




Conto novas, conto velhas, conto-te um tudo e um nada de mim. Vou no tempo de um olhar que me promete que outros dias virão. E eles vêm, sempre novos, por vezes cheirando a velhos, a deja-vú enfastiado de sucessivas repetições. Os sorrisos são retalhos coloridos que por vezes colo, por vezes coso com a agulha e dedal. Sou uma manta de retalhos que enrolo a mim mesma. Conto novas, conto velhas, conto-te um tudo e um nada de mim. Estendo-me à vida levada na corrente de ar que me bafeja de feição. Mergulho leve nas águas frias e afundo-me pesada em lágrimas detidas. Conto novas, conto velhas, conto-te, de mim, o pouco que sei…

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