quarta-feira, 23 de maio de 2007

Primavera – A estrela diurna passa tangente ao verde que revela a paleta da mão natureza. Observo. Inspiro. O meu peito adsorve este espectro visível. Suplemento de que lentamente sacio todos os sentidos.

Verão – De olhos semi-cerrados procuro um tronco circunscrito pela sombra da densa folhagem em que me abrigo. Observo. Inspiro. Descubro pés de corpos que ainda na fase de pupa saem das suas crisálidas.

Outono – Caem a meus pés tapetes, estaladiços ao meu pisar. Observo. Inspiro. Rodopiam com o meu cabelo num movimento dessincronizado dessa massa de ar que, que tal como eu, não sabe para onde vai.

Inverno – Vapor aromatizado que num bailado helicoidal se liberta de dentro da minha caneca. Observo. Inspiro. A desordem provocada por um assopro decresce a entropia da poção mágica que aumentará a minha enquanto embatem gotas no vidro da minha janela.

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