domingo, 5 de janeiro de 2020




Este é o tecto do quarto que tem o quarto que nunca tive. Hoje dormi aqui, depois de passar duas noites e dois dias  no hospital. Do braço já retirei as pulseiras que trouxe e me identificavam e enviei mensagem ao médico a agradecer o que fez por mim. O que ele começou por fazer por mim,  e entretanto a toda uma equipa que se mobilizou em torno na minha operação. Foram muitos, alguns nem os vi, outros mal me lembro, mas todos contribuíram para me salvar a vida. Quando por momentos não sinto dores nem o incómodos que por um tempo me vão acompanhar penso na brutalidade de tudo isto. Como um pessoa é resgatada pela ciência. Já temi tudo, agora vivo um momento de cada vez até à normalidade, para a qual estou a gerir energias para reconquistar.


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