Vida: Olá
Eu: han?!…desculpa não te vi chegar!
Vida: Surpreendes-te como se eu não estivesse sempre presente?!
Eu: Esqueço-me de que não dormes!
Vida: A mim, também me agrada a madrugada…
Eu: …mas felizmente não tens sono
Vida: Que procuravas atrás de ti?
Eu: Certificar-me do que fica para trás.
Vida: Explica-me?
Eu: Nunca antes tinha tido uma percepção tão forte da presença das minhas costas. Nem nos momentos em que deixei, irremediavelmente, algo para trás. Entre consequências de opções e imposições, nunca antes o gesto de virar as costas foi tão sentido. É como se de repente elas ficassem muito maiores e sobre elas pesassem o meu próprio corpo. Como se caminhasse sobre elas, em vez pisar as pedras da calçada. Mesmo acreditando que o que fica para trás, ser-me-á devolvido por ti mais adiante…
Vida: Se te devolvo qual é o problema?
Eu: eu disse que acreditava, não disse que tinha a certeza que me devolverias…
Vida: Não chega acreditar?
Eu: Acreditar…é a minha vontade. A vontade de que esse peso que carrego, no revirar das costas, me seja devolvido aos braços…
Vida: E abraças?
Eu: Até agora, sim.
Eu: han?!…desculpa não te vi chegar!
Vida: Surpreendes-te como se eu não estivesse sempre presente?!
Eu: Esqueço-me de que não dormes!
Vida: A mim, também me agrada a madrugada…
Eu: …mas felizmente não tens sono
Vida: Que procuravas atrás de ti?
Eu: Certificar-me do que fica para trás.
Vida: Explica-me?
Eu: Nunca antes tinha tido uma percepção tão forte da presença das minhas costas. Nem nos momentos em que deixei, irremediavelmente, algo para trás. Entre consequências de opções e imposições, nunca antes o gesto de virar as costas foi tão sentido. É como se de repente elas ficassem muito maiores e sobre elas pesassem o meu próprio corpo. Como se caminhasse sobre elas, em vez pisar as pedras da calçada. Mesmo acreditando que o que fica para trás, ser-me-á devolvido por ti mais adiante…
Vida: Se te devolvo qual é o problema?
Eu: eu disse que acreditava, não disse que tinha a certeza que me devolverias…
Vida: Não chega acreditar?
Eu: Acreditar…é a minha vontade. A vontade de que esse peso que carrego, no revirar das costas, me seja devolvido aos braços…
Vida: E abraças?
Eu: Até agora, sim.
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