28/08

Esta consciência que estamos a mostrar o mundo, pela primeira vez  a um ser é algo que me impacta e emociona muito. Há momentos,  naturalmente influenciada pela forma como aprecio a vida isso me impacta bastante e fico a querer eternizar esse momento. Foi assim qdo vi a Elisa de olhos abertos pela primeira vez no carro durante uns escassos quilómetros em que parecia olhar pela janela. Foi assim no passeio de marsúpio qdo saímos de casa até ao centro da cidade, caminhos que tb eu percorro desde tão pequena. Hoje foi assim qdo na casa de férias fomos visitados no quintal por cabras que regressavam ao curral. A minha bebé a ver os animais

27/08

Ainda na azáfama das preparações para sair para as primeiras férias a três, dividi a atenção que costuma ser da bebé com as malas e sacos de viagem. Às vezes parava e pensava,, agora vamos ter o nosso momento,,. Num desses momentos com a Elisa ao colo dando-lhe beijinhos, encostei o meu rosto e brinquei de ser a dar beijinho. E ele mexeu os lábios e chupou. Foi lindo paracer que ela estava a retribuir o gesto, o meu amor pequenino. Qdo o Gonçalo chegou a casa fiz a brincadeira com ele, apesar o seu ar impaciente/ansioso com o o dia foi bonito ver a transformação do seu rosto qdo sentiu algo que se aproxima de um beijinho. Depois ainda andei por ali a pensar na questão de obrigadar as crianças a dar beijinhos. Lembrei-me que os avós haviam de adorar levar um beijinho destes e deambulei a pensar como vou gerir isso, pois também eu tinha detestado dar beijos obrigada... 

25/08

No passado domingo ao almoço na Luísa o Gonçalo agarrou na bebé ao colo e brincou dando-lhe beijinhos na barriga ao que ela riu, emitindo som. Acreditamos que foi uma espécie de gargalhada sonora. Hoje tb ao palrar com avô na vídeochamada pareceu ter tido um sorriso com som..amo-te muito bebé.

24/08 

Há dias que comecei a brincar com a Elisa de manhã a vira-la para a sua esquerda e para a sua direita com o intuito de estimular a viragem. Um pouco para a ajudar a perceber o movimento, um pouco por ansiedade que ela alcance estas pequenas conquistas. Há uns dias que estando deitada na minha cama qdo dei por ela estava virada para mim de lado. Foi emocionante mas sei que não me permiti largar foguetes pois sabia que na cama era era diferente de estar no chão. Hoje como quase todos os dias coloquei-a no seu tapete no chão da cozinha a fazer-me companhia durante o peq almoço e fui fazendo as minhas coisas ao mesmo tempo que a vigiava no seu momento de autonomia. Hoje brincou de forma mais insistente com a bolinha pendurada no cavalete e para meu espanto segurava com os seus dedinhos as fitinhas da bola, supostamente, julgo eu um gesto mais difícil. Entretanto sai da cozinha para ir dizer algo ao Gonçalo que está em casa de férias e qdo volto está a bebé virada p o seu lado esquerdo (lado para o qual até a treinar estava mais agilizada). Virou-se mais umas vezes durante uma vídeo chamada para a D Angélica. Mas emoção mesmo senti qdo fiz vídeochamada para o meu pai e vimos em simultâneo, quase recordo os movimentos em câmara lenta da Elisa a virar e depois o rosto do meu pai a presenciar aquele momento. Que lindo de ver. Mais do que o conceito de aquisição de competências e a vida a começar nas suas aparentes pequenas conquistas, que são na realidade grandes conquistas. Fiquei muito emocionada de ter o privilégio de na minha vida estar a ver isto a acontecer com a minha Bebé. Meu Amor a mãe está aqui para te ajudar a seres. 

o acordar para o primeiro dia de férias. Com uma camisola da mãe...quem diria que afinal ainda tinham uso. Que linda é a vida. 

lets go MY baby...

3 meses de ti, o sonho todas as horas da minha vida. Amo-te muito Elisa ❤️.

A Luísa é a companheira do meu pai. Não me lembro da primeira vez que a conheci, de certo um momento que à partida não achei relevante memorizar, não por mal mas por defesa à memória da minha mãe. Mas em nenhum dia, desde que a conheci senti essa memória ameaçada. Marca a sua presença sem se sobrepor. Já ajudou a salvar a minha vida e a do meu pai ajuda um bocadinho todos os dias...

♥️

 

Primeira semana de Agosto é a semana mundial da amamentação. Por aqui a bebé está a leite materno em exclusivo desde o nascimento. Durante a gravidez fui consolidando a vontade de amamentar. Se não fossem as redes sociais e em particular as contas que eu estava a seguir diria que há anos que não via ninguém a amamentar. Fui ganhando consciência da importância do leite materno, fui normalizando que afinal há mães que se empenham em amamentar para além do período de exclusividade, completando em média mais 2/3 anos. Aprendi sobre as dificuldades e de como as ultrapassar.  Tomei conhecimento de quem pode ajudar. Recolhi informação suficiente que me consolidou a vontade de tentar ser uma dessas mães, em que a amamentação é um objectivo.  Paralelamente tive sempre em mente aquela ressalva, pensamento sombra, que pela minha idade poderia não resultar.  E se amamentar já se entranhou não deixei ainda de estranhar a magia e o foco que nos permite e exige. Às primeiras vezes são memórias embrulhadas com toda novidade que tudo era. Já em casa a descida do leite foi impactante física e emocionalmente. Ninguém tinha explicado bem aquele embate, aquela primeira madrugada solitária. Liguei em lágrimas para a saúde 24, recebi dicas preciosas num tom que me fez crer que não estava sozinha e com persistência foi se resolvendo. Simultaneamente a bebé, nova nesta vida, por instinto foi fazendo a sua parte. Às duas a fazer este caminho, temos sido uma boa equipa. Na véspera de cada pesagem a dúvida, à saída do centro de saúde o alívio por saber que está a resultar e a minha menina segue aumentado de peso e saudável. Continuo a sentir-me mais confortável a amamentar em casa, longe do olhar e dos palpites alheios. Ainda que compreenda o desconhecimento de cada um, é cansativo estar sempre a gerir comentários que duvidam e colocam em causa esta recente jornada que pretendo levar adiante, enquanto ambas o quisermos. Se não é para incentivar seria preferível não dizerem nada. Estando a funcionar e sendo afinal a forma mais ancestral de assegurar a vida e saúde dos bebés, em que momento deste facto é que nos convenceram que latas de leite roubadas aos bezerros são o ideal para os nossos bebés crescerem. 

Seguimos tranquilas muito mais quando estamos na nossa bolha de Amor em que a magia tem tempo e espaço para acontecer.

🍀